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Entrevista – Federação Paranaense de Bicicross

Maico da Luz é W7 no mundial do Azerbaijão!

Claro que esse, é um resultado que traz orgulho ao nosso estado! Ainda podemos dizer que o nosso piloto, que representa Foz do Iguaçu… é W Paraná.

Após a bateria final e com o resultado confirmado, a FPB não perdeu tempo e bateu um papo com o W7 e registrou um pouco do momento de Êxtase, como ele mesmo afirmou, e toda sua trajetória até Baku…

FPB – Quando surgiu a ideia de correr o Mundial em Baku, no Azerbaijão? E quando você percebeu que poderia dar certo?
Maico – Tudo começou ano passado quando eu voltei dos Estados Unidos e já mirei o campeonato mundial, mas sem saber né. Aí mandei o pedido para Itaipu e esse pedido veio a se realizar no início de maio. No início de maio eles confirmaram e foi quando comprei as passagens.

FPB – Legal, nós sabemos que um campeonato destes não se consegue viabilizar sem apoio e patrocínios. Você citou Itaipu, pode nos dizer qual a importância deste patrocínio e quais outras empresas e parceiros estiveram ao seu lado neste campeonato?
Maico – Graças a Itaipu, ela bancou toda a minha viagem. Graças a Itaipu Binacional eu vim. Mas tive o apoio da Igreja Bola de Neve, Altair Cycles, da Casa Imperium do Paraguai, da Face Bikes do nosso amigo Jean e MD Falls academia de crossfit.

FPB – Maico, conte para nós um pouco da viagem e como você fez para recuperar a energia e descansar antes das competições, já que o Azerbaijão é lá do outro lado do mundo?
Maico – Nós saímos de Foz de Iguaçu na sexta (1º maio) às 4 horas da tarde, nós começamos a caminhada, aí chega em aeroporto, verifica tudo, partimos era 6 horas e chegamos em São Paulo 7h e 50 e daí ficamos esperando até 2h 50 da manhã sem dormir.
Saímos de São Paulo e fomos para o Qatar, 15 horas e meia de voo. Chegando no Qatar tivemos que esperar mais 6 horas sem dormir, sentado no aeroporto. E aí, para o Azerbaijão demorou mais 3 horas até chegar.
Chegamos aqui destruído, mas pensa no destruído mesmo. No primeiro dia, chegamos aqui, ah vamos tomar um banho de mar para tirar, sabe, tirar aquele desgaste, dar uma descansada. Entramos no mar, tomamos um banho e depois fomos para a piscina. Caí na piscina, me deu uma câimbra que não conseguia sair de dentro da água, o bombeiro que teve que me tirar da piscina. Minha perna doendo, doendo, espasmo muscular e eu não aguentava de dor.

FPB – E tudo isso não te atrapalhou na prova?
Maico – Cara, eu corri na Cruiser com dor na batata perna, ainda da câimbra, sabe sentia muita dor, mas andei bem e consegui classificar em segundo e chegando na semifinal, e infelizmente acabei caindo, mas entregando tudo na mão de Deus.

FPB – Fala pra gente como começou o dia que te consagrou W7?
Maico – O dia de hoje aí cara, que me consagrei W7, começou quando nós chegamos aqui, que o Kleber Santos trouxe a bike para emprestar para mim. Eu não consegui treinar porque as companhias aéreas perderam as bikes da galera.
O Marreta, então, estava sem bike e pegou a aro 20 para conhecer a pista, para andar na pista. Então eu só andei de cruiser, daí com a bike eu fui treinar só ontem, Sprint na rua com o Gordinho e dei dois roles hoje no aquecimento. Fui para as classificatórias, fiz um segundo e dois primeiros e passei em primeiro nas classificatórias, como a minha bateria era a última, acabei sendo o segundo a escolher a raia da semifinal, aí peguei a raia 2. Larguei, mas a minha largada não é muito boa e o piloto da raia 3 me fechou e quase bati naqueles isoladores da pista, virei a primeira curva em quinto, mas a minha segunda reta estava muito forte, a segunda reta estava demais e acabei conseguindo passar, classificando bem tranquilo em quarto.
Cara ali eu fui ao êxtase, por que meu sonho desde criança é chegar à final de um mundial, não importa a posição, o importante é estar em uma final entre os 8 melhores do mundo. Claro que encostei no gate e o meu pensamento era W1. A gente sempre almeja o mais alto, por que se Deus me colocou ali, Ele me ia me capacita para chegar.
Estava bem tranquilo e pronto para buscar o W1, mas escapou o clip, demorei para conseguir encaixar ele. Quando encaixei o pedal clip, fui na bota dos caras e consegui pegar na segunda reta e passar a galera, no último salto entrei no paredão, entrei em sexto, mas o sétimo veio batendo guidão comigo e vi o risco de cair e antes de cair preferi tirar o pé e chegar em sétimo. Glória a Deus estou indo com o W7 para o Brasil e para o Paraná.

FPB – Maico, nós sabemos que o BMX não é feito sozinho. Sempre temos ao nosso lado pessoas nos apoiando e incentivando. Para quem vai os agradecimentos por essa conquista?
Maico – Agradecer à minha esposa que sempre está me apoiando, à minha família. Agradecer a Deus pelas bênçãos que vem colocando em minha vida. Aos patrocinadores, que sem eles eu não estaria aqui, os patrocinadores ajudam pagando a viagem, os equipamentos. A galera mandando as mensagens de apoio, ¨pô¨ cada mensagem que eu recebo até chego a chorar. O Matheus me mandou uma mensagem hoje que eu chorei, são irmãos que andam juntos desde sempre. O Matheus já chegou a me emprestar a bike para andar e hoje batendo guidão no Paranaense e torcendo por mim no Mundial.

Pessoal, tentei passar um pouco da emoção que senti ao ouvir o Maico falar de tudo isso.

W7 valeu!!! Mais uma vez Parabéns!!!